A DÚVIDA DA BRISA
A brisa que me abraça
Entardecer de domingo
Acalanta mas que
trapaça
Os sentimentos desse
boiadeiro.
Surpreendo-me com essas
memórias:
O rancho abandonado no
campo.
No inconsciente um
perfume costumeiro
Diria-me desse modo
Meu velho companheiro:
“__Sonhando com o zói
aberto compadre Ribeiro?”
Pronto! Interrompeu-se
o encanto!
E a brisa permanece
Suave sensível
intocável
Contrapondo com o que
vejo
Permiti-se maleável.
A brisa ficou
desconfortável
Nessa terra não é
possível sonhar
As lágrimas são
inevitáveis...
E esse boiadeiro que sonha:
Um dia a sua província
regressar.
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