sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


INVISÍVEL

A convicção do Sol
A convicção da Lua
Convicção do oposto
O Sol enredou a Lua para o seu espaço
Clareou...Clareou...
Repousou-se no conforto dos aposentos reais
Mas antes...
A Lua enredou o Sol para o seu espaço.
Na terra
Ninguém notou a cena tão rotineira
Pobres corações solitários
Assim como:
O Sol e a Lua!
De tempos em tempos
No fenômeno de eclipsar
Permite-se
Que eles venham se encontrar.
A terra estagnada
Observa, apenas.
Astros levemente sensibilizados
Comovidos
Abraçam-se
E são descobertos...

terça-feira, 1 de janeiro de 2013



A DÚVIDA DA BRISA

A brisa que me abraça
Entardecer de domingo
Acalanta mas que trapaça
Os sentimentos desse boiadeiro.
Surpreendo-me com essas memórias:
O rancho abandonado no campo.
No inconsciente um perfume costumeiro
Diria-me desse modo
Meu velho companheiro:
“__Sonhando com o zói aberto compadre Ribeiro?”
Pronto! Interrompeu-se o encanto!
E a brisa permanece
Suave sensível intocável
Contrapondo com o que vejo
Permiti-se maleável.
A brisa ficou desconfortável
Nessa terra não é possível sonhar
As lágrimas são inevitáveis...
E esse boiadeiro que sonha:
Um dia a sua província regressar.

DESPEDIDA



As lágrimas saem naturalmente
Na forma explícita de uma sinceridade
Demonstração de tristeza
Inquietude do coração
Rompimento das relações
(Silêncio)
Acalantam a dor
Palavras injustificáveis de nostalgia humana
No pensamento somente lágrimas
Na voz somente lágrimas
Deixam para traz
Perfeitas recordações
(Recontadas)
Teletransportadas no tempo
(Detalhadamente)
Os gestos ganham vida
De cada costume um leve tom de alegria
Talvez o único desejo
Fosse parar no tempo...
Retroceder o tempo...
Vivenciar o tempo real exato
Mas essas lágrimas teimosas
(Incontroláveis)
Artifício da sensibilidade
Crer que esse mundo da muitas voltas
E nessas voltas:
__ Olá, tudo bem?
__ Te conheço de algum lugar (...)
(Longo abraço de saudades)


ASSIM

Assim que me deparo:
Iludido por essa leveza.
Assim que carrego:
Milhões de palavras mudas.
Assim que sinto:
A ansiedade para evoluir.
Assim que conheço:
Talvez a impossibilidade.
Assim que enlouqueço:
Por não suportar etapas.
Assim que me encanto:
Nas possibilidades da sabedoria.
Assim que surpreendo:
Com as fantasias da imaginação e do coração.
Assim que me calo:
Quando a verdade é simplesmente silenciar.
Assim que emociono:
Essa saudade é permanente.
Assim digo: “NÃO”
__ Prevendo o sofrimento.
“SIM” __ Eu digo
Libertando-me do cativeiro.
Assim que acredito:
Nas fronteiras profundamente ilegais.
Assim que espero:
Abolição da insensatez.
E assim estou... Apaixonado!